domingo, 18 de janeiro de 2009

DOCUMENTÁRIO SAIBA AQUI SOBRE OS CINEASTAS DA VIDA REAL


Captar a Verdade… A tentativa de captação da realidade ou, como dito, da Verdade é uma constante no gênero documentário - ou sua essência ? - mesmo antes do mesmo ser cunhado assim. É por isso, por essa sua ânsia de Mundo que o documentário em muito se liga à idéia de educar, de esclarecer, e anda, muitas vezes, junto à política - presente tanto nas temáticas quanto, às vezes, nas formas acolhidas pelo filme documentário. É por essa ânsia de verdade também que muito se discutiu pela história cinematográfica se de fato existe o gênero documentário já que a possibilidade de retrato fiel da realidade é extremamente discutível, ou mesmo impossível … A discussão sobre o que seria a ficção e o documentário, os seus encontros e os seus desencontros é sempre um tanto acinzentada assim como os limites desses gêneros - ” Todo documentário é uma ficção e toda ficção é um documentário!”. E o leigo parece saber distinguir tão bem…

Na evolução do gênero tivemos grandes autores que penderam (quase que) apenas para preocupação na captação de uma realidade e também, grandes autores que se preocupavam em ser agentes da sociedade exatamente por estarem exprimindo - ou tentando - tais “verdades” ou tal realidade. Todos, essencialmente, perseguiram uma decifração do mundo… A captação dele acaba por ser a ilusão reconstruída e desconstruída na história do documentário… Nos dias de hoje, essa vontade de Verdade já é acompanhada pelo esclarecimento que o documentário vem sempre acompanhado da ficção e pela noção de que não existe a expressão de algo assim como é, simplesmente. E, é por isso, que hoje muitos documentários discutem exatamente o próprio gênero.

Robert Flaherty foi um dos grandes realizadores que se encaixam na primeira categoria preocupando-se em essencial com a expressão da realidade sem colocar-se como um agente social e sem problematizar a noção de documentário. O cineasta foi responsável por uma revolução no documentário que até então, resumia-se basicamente nas atualidades, nas cenas do dia-a-dia, nas paisagens, no registro de acontecimentos pontuais e nos travellogs. Ele realiza seu filme Nanook of the North em 1922, sobre uma comunidade de esquimós canadenses e, em especial, sobre a família de um Inuk do Ártico.

Importante aqui apontar que mesmo que o cineasta não coloque a questão do gênero - ficção versus documentário - ela entra em pauta de qualquer maneira. Isto ocorre porque Flaherty aglutina características próprias da narrativa ficcional, ou seja, o filme tem uma perspectiva dramática - com o trabalho da tensão, do suspense, etc… Pode-se dizer que os elementos dramáticos são extraídos do próprio ambiente: isto é, a caça, por exemplo, virara uma dinâmica social capaz de produzir uma tensão tal como numa ficção - não era, pois, apenas o relato, já era uma construção… Assim a busca pela essência através do verdadeiro meio ambiente (”locação”) e dos atores que encenam a si mesmos entrelaça-se com o universo ficcional por meio de seus mecanismos básicos de construção e elaboração.

O que sem dúvida nenhuma impõe também tal ligação é saber que Flaherty não apenas relatou ou captou dinâmicas que realmente aconteceram, mas também as encenou - a caça tal como foi mostrada no filme não era mais realizada pela comunidade, no entanto, o diretor acreditava que aquilo, de certo modo, contribuía para mostrar a essência desse povo, ou dessa cultura… Novamente, o limite de documentário e de ficção torna-se mais acinzentado já no inicio do gênero…

Juntamente à perspectiva dramática, à locação, aos atores sociais, às dinâmicas sociais, o cineasta trouxe um meio que hoje é marca do documentário, a pesquisa participativa, que consiste na convivência do cineasta com o universo que pretende retratar - um meio que trabalha para o realizador diminuir sua visão “estrangeira” em relação ao universo do objeto de filmagem, portanto, trabalha para diminuir o que seria uma visão “falsa”. Além disso, o cineasta aí já inicia sua “montagem” por escolha do que será captado ou não, portanto a “comunidade tal como ela é”, na verdade, não é simplesmente por não ter todas as suas atividades inteiramente mostradas…O que se vê é de escolha do realizador, é o que ele diz ser importante, é o que ele diz ser a essência.

Logo nos primórdios do gênero, assim, Flaherty já discute indiretamente os limites (ou não limites) dos gêneros, tenta exprimir ao máximo uma verdade (a realidade da comunidade Inuit) e não propõe uma ação política por meio do seu filme.

O cineasta trazendo novidades revolucionárias tem seu nome marcado na história do documentário e também na discussão de sua essência, no entanto, a afirmação institucional do gênero coube a John Grierson, quem , aliás, cunha o termo documentário e lança as bases do que se chama hoje de “documentário clássico”.

Em muito Grierson se inspirou em Flaherty: a pesquisa participativa, a locação, o ator social… Divergia bruscamente da tendência romântica e do neorousseanismo. Isto porque o realizador acreditava que deveria enfocar os documentários num personagem coletivo e em temas sociais mais próximos da realidade vivida - não no exótico, como em Nanook - também para ajudar a transpor os problemas da época… Aí, então, vê-se que o realizador não apenas preocupa-se com Verdade , mas com uma ação política e social, mesmo que conservadora…Encaixa-se na segunda categoria mencionada no inicio deste ensaio.

Grierson fundou a Escola Inglesa de documentário e trabalhou para o governo Inglês. O realizador é marcado por sua formação liberal e pelo conservadorismo social. Seu cinema tem um direcionamento ideológico e, conseqüentemente, um teor propagandístico. Ele acreditava no poder da educação através do cinema e que através dele as pessoas entenderiam seus lugares dentro do Império Britânico… Defendia, assim, o acesso à educação entre outras coisas - mas de maneira alguma a modificação da sociedade.

Precisa-se incluir aqui outro cineasta que juntamente a esses dois realizadores de peso forma a “trindade” dos primeiros passos do que se diz documentário. Alguém que é claro, como os outros, preocupa-se na decifração do Mundo e mesmo liga-se a proposta griersoniana quanto ao personagem coletivo, aos temas sociais e a um cinema político-social…Mas, alguém que queria o contrário de Grierson, Dziga Vertov.

Vertov faz parte da geração da Revolução Bolchevique e a crença no comunismo e na revolução proletária liga toda sua obra .O realizador acreditava que para um conteúdo revolucionário era necessário trabalhar uma forma também revolucionária visto que a forma antiga nascera num âmbito burguês, para ele havia apenas um cinema - “o CINE-OLHO”. Usava-se da locação (explorava-se o caos dessa realidade social e visual) e dos atores sociais assim como Flaherty e Grierson. Mas, além disso, destaca-se aqui a veia comunista, a reflexividade, a problematização do material através da montagem (a alma do cinema segundo o cineasta) e a falta de realismo (o qual era buscado pela cinematografia burguesa desde o inicio do cinema com Griffith)… Tudo trabalhava para decifrar-se o mundo, para a revelação do funcionamento da sociedade , porém por uma perspectiva comunista.

Flaherty, Grierson e Vertov assim, configuram os primórdios do documentário e estão invariavelmente presentes de um modo ou de outro nos dias de hoje. A história seguiu e suas teorias e obras se juntam e se separam mas vão formando o que hoje se tem como significado e/ou significados de documentário.

Seja como for, vale lembrar que ainda tiveram movimentos importantíssimos do gênero posteriores a tais grandes autores.

Com o tempo limitações técnicas para filmagem em externas foram transpostas: equipamentos que deixaram captar satisfatoriamente o som fora dos estúdios e também as câmeras mais leves e ágeis. E então, o documentário sofre mais uma reviravolta (ou aglutinação), agora, através dos denominados Cinema Direto e Cinema Verdade.

Os movimentos não trabalham diretamente política e/ou o social tal como Grierson ou Vertov até porque os movimentos aglutinam diversos realizadores e cada um tem uma visão particular do mundo - visão que por vezes pode não se interessar em conservar ou mudar o mundo, talvez apenas decifrá-lo ou olhá-lo o mais atentamente possível. Seja como for, é interessante ver que aí também temos uma desconstrução da ilusão de expressão da Verdade. Agora, ela é explicita pela mudança de postura do Cinema Verdade.

Toda a metamorfose na técnica e no meio intensifica a crença da possibilidade de captar-se, de fato (e mais uma vez) o real fielmente, captar-se a verdade - agora que era possível realmente filmar na rua e ter-se ainda o som direto…

O Cinema Direto,logo, é fruto deste momento - o som direto da externa é de extrema importância: conversas, discussões, simples diálogos, ruídos! O cineasta quer captar a verdade, a realidade e, então, se faz presente nas situações para abocanhá-las, mas não provocá-las - é claro, isso iria contra a ilusão da Verdade…

O Cinema Verdade, também fruto deste momento, inicialmente também se marcou pela ilusão de não intervenção na realidade e, consequentemente, de expressão dessa puramente. Posteriormente, tal ilusão é destruída e assume-se a ética ou o que foi chamado de elogio a reflexividade, já presente em Vertov - entende-se que já que era impossível a não intervenção do realizador dever-se-ia, então, mostrá-la, desnudá-la… Isto somado a crítica à encenação vai em sentido contrário do universo de Grierson( e mesmo de Flaherty já que o mesmo a usou pensando assim exprimir a essência da comunidade inuit)

Além disso, no cinema verdade acreditando que o realizador, de qualquer maneira, tinha sua marca no filme ele, assim, deveria abraçar o papel de interventor tornando-se ativo (o oposto do cinema Direto). Ele provocava, pois, situações e intervinha intensamente seja por discussões,construções de dinâmicas sociais, etc. O retrato do mundo mistura-se com o planejamento, com a construção que pode beirar a ficcional - cinza, cinza e cinza…

Evidencia-se neste o gênero do documentário tem como essência a ânsia de decifrar o mundo e este fator muito facilmente vezes se liga ideais políticos… Como resultado também dessa essência o documentário acaba historicamente tendo que lidar com a impossibilidade de expressão do “mundo tal como é” - esta questão acaba trazendo muitos frutos pro gênero, que hora ou outra tenta abarcar mais atitudes, meios e técnicas para que a intervenção na verdade retratada seja diminuída ao máximo… E hora aceita a intervenção tornando-a um fator potencialmente criativo. Outro fruto de bom gosto são os documentários (de certa forma) recentes que acabam discutindo exatamente essa posição do gênero abertamente - discutem os limites de ficção e documentário e assumem que o gênero prende-se no universo da tentativa de retrato de uma realidade consciente, paradoxalmente, da sua impotência.

Um exemplo dessa safra que arrebatou o público no Festival Latino Americano de Cinema, da mostra Contemporâneos, foi Jogo de Cena de Eduardo Coutinho.

O filme de Coutinho entra pra história do documentário ao lado de quem mexeu e remexeu com seus conceitos e significados… Ao lado da trindade documental e de movimentos tão produtivos como o Direto e o Verdade, Jogo de Cena se destaca dos filmes recentes (ou mesmo mais antigos) que discutem o gênero e ajuda o Documentário dar novo passo - a discussão dos limites acinzentados e a captação do real que tanto foram presentes no desenvolver dessa história se consolidam aqui em um filme que simplesmente não se tem nada a acrescentar… E isso é difícil.

Vale acrescentar, devido ao talento e a certeza de configurar um marco no documentário contemporâneo, um comentário estendido sobre o filme.

Jogo de Cena discute a contaminação recíproca dos gêneros mencionados brilhantemente. Uma série de mulheres é entrevistada por Coutinho e contam as histórias de suas vidas - a questão familiar, escolar, sexual… As histórias em si, essa grande carga emocional, já são interessantíssimas. Mas, então, atrizes interpretam essas entrevistas - assim temos contato tanto com a versão da atriz, a encenada, como a “verídica”.

Antes da própria confusão entre o que seria interpretação ou não, é interessante observar que Coutinho ainda mostra em tela o processo de “entrar na personagem” e as dificuldades de algumas atrizes - aquelas que a gente já conhece, em especial. Por meio disso, discute-se a atividade do ator e o quanto que ele tenta refletir a pessoa quem interpreta e acaba também refletindo a si. Fica evidente que os atores não se desvencilham de suas essências - tem entrevista em que a mulher “original” conta uma história trágica sem chorar enquanto a atriz, por mais que tente, não consegue interpretá-la deste modo… Quem interpreta, logo, mostra-se também, inevitavelmente - é ficção e documentário de novo abraçando-se.

No entanto, o ápice da obra é a confusão deliciosa sentida pelo espectador. Não se sabe mais, muitas vezes, quem seria a atriz e quem seria a entrevistada “real” - essas palavras nessa discussão são tão perigosas… Nessa confusão, que entra a questão central sobre a tentativa de expressão da realidade - ela mesma não é identificável pelo espectador, ela se confunde com o forjado e o forjado se confunde com outra realidade, a realidade do ator. É uma maravilha…

É…Por enquanto nada a acrescentar, é um filme-ápice de uma visão moderna… Até que novidades se mostrem a novos (ou velhos) realizadores e esses acreditem que poderão, “até que enfim”, mostrar o Mundo…E essa crença cair por terra novamente deixando outros frutos para a trajetória do documentário…

Suzana Altero é graduanda em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)




HOMOLOGAÇÃO DA ÁREA IANOMAMI E O “GENOCÍDIO” DE HAXIMU QUE NUNCA EXISTIU


O MASSACRE QUE NUNCA EXISTIU

Esta narrativa é necessariamente longa, para que os brasileiros tomem conhecimento de pelo menos alguma coisa que já aconteceu e de outras que ainda estão acontecendo em Roraima e Norte do Amazonas.

Passo-a-passo:

Collor foi eleito e embarcou quase em seguida num avião da VASP (já era do Canhedo) e viajou pelo mundo, para encontros com os poderosos do G7 e retornou. A imprensa brasileira noticiou de longe, pois nenhum jornalista fez parte da comitiva.
Tomou posse em março de 1990. Quase em seguida, viajou de Brasília para Boa Vista, capital de Roraima. Desembarcou “fantasiado” de militar, com uniforme de campanha e pose de Marechal.

No palanque improvisado na pracinha defronte à estação de passageiros do aeroporto, coalhada de gente, garimpeiros, pilotos de garimpo, funcionários públicos autoridades civis e gente do povo, disse brevíssimas palavras e concluiu: “vim resolver o problema dos garimpos de Roraima”.

Recebeu muitos aplausos, pois para a gente de Roraima, “resolver o problema dos garimpos”, foi entendida como aceitar a proposta que fora feita, de ampliação das 3 áreas garimpeiras, demarcadas por Sarney, o Presidente anterior que, cumprindo a Constituição Federal, no art. 21 – XXV, havia assinado Decreto criando as áreas do Catrimani, do Urariquera e do Santa Rosa, mas cujos limites eram diminutos para algo entre 45 e 50 mil garimpeiros.

No aeroporto, Collor, PC Farias e mais uns 4 ou 5 de sua intimidade, embarcaram num avião Búfalo, da Força Aérea, e voaram para o 4º PEF (Pelotão de Fronteira) localizado em Surucucu, uma serra em forma de cone com chapada no topo (tipo meseta) lá no Oeste de Roraima, 300 Km distante de Boa Vista.

Afora os íntimos de Collor, ninguém mais, nem mesmo o Comandante Militar da Amazônia ou o Comandante do 7º BIS em Roraima, tiveram permissão para ir no avião.

Foi engraçado ver os repórteres da TV GLOBO, desesperados correndo pelo aeroporto, tentando obter autorização militar para ir no mesmo avião em que Collor foi, ou pelo menos, para voar num taxi aéreo até Surucucu, o que não conseguiram, aliás, nenhum jornalista conseguiu.

Dias depois, pela imprensa venezuelana é que se soube em Roraima, que Carlos Andrés Pérez, então Presidente da Venezuela, num vôo direto de Caracas para Surucucu, tinha ido encontrar-se com Collor e os representantes do G7 que lá estavam.

E o que toda essa gente fez por lá? Porque foram encontrar-se às escondidas lá no meio da selva e, não, em Brasília ou Caracas, sob os holofotes e com a presença da imprensa nacional e internacional? Lembremos que antes da posse, Collor tinha feito um périplo por todos aqueles países do G7.

Será que era um loteamento da nossa fronteira, entrega pura e simples? Em troca do que? O que já sabemos hoje do passado de PC Farias como caixa de Collor e achacador de empresários, parece indicar a direção para as coisas que lá aconteceram. Em benefício de quem?
De Surucucu, Collor voou para Manaus e de lá, para Brasília. Pérez voltou para Caracas.

Na semana seguinte, soube-se o que Collor quis dizer com aquela frase: “ vim resolver o problema dos garimpos de Roraima”. Revogou os Decretos assinados por Sarney demarcando áreas garimpeiras, ordenando o envio de 200 policiais federais para Boa Vista, fortemente armados com grosso calibre e granadas, os quais, em diversos aviões e helicópteros, partiram para a área ianomâmi, à fim de “limpar” a área de qualquer maneira, seja qual for o significado que se possa dar para o verbo “limpar”.

Para quem estava lá dentro da selva, sem contato com Boa Vista, certo de que tudo havia sido legalizado, foi uma monstruosa traição que Collor fez. O mesmo sentimento de punhalada pelas costas, foi sentida pela população roraimense.

De diversas maneiras, pacíficas umas, “no pau” outras, os garimpeiros foram sendo retirados na marra, para passarem fome na capital, junto com suas famílias. Seus maquinários foram quebrados ou explodidos, as balsas afundadas nos rios, as grandes e grossas mangueiras cortadas, as pistas explodidas com dinamite.

É preciso relembrar que eram entre 45 e 50 mil garimpeiros, afora outros trabalhadores agregados diretos ou transversais na atividade garimpeira como cozinheiras, mecânicos, soldadores e ferramenteiros (para construção de balsas), mergulhadores, cantineiros, gerentes de serviço, comerciantes, donos de aviões (cerca de 400), helicópteros (cerca de 30), donos de balsas, de canoas de alumínio, piloteiros e canoeiros, pilotos de avião (cerca de 500), e todo o comércio da capital, sendo que no extinto Território e já novo Estado da Federação, havia sido aumentada a arrecadação de impostos em mais de 310%.

Os reflexos da ação de Collor repercutiram desde Roraima passando pelo Amazonas, até São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, onde se fabricavam máquinas e peças usadas nas máquinas do garimpo, além de alimentos, que inclusive chegavam num Boeing lotado de carga, dia sim, dia não, do CEASA de São Paulo.

Para ter-se um parâmetro do movimento do garimpo, os aviões fizeram o aeroporto (internacional) ser durante 2 meses no auge do tempo do garimpo, o mais movimentado do Brasil, com mais de 600 pousos e decolagens diários. Uma coisa simplesmente espantosa, por qualquer estatística!

Eram cerca de 400 aviões de pequeno porte, que incluíam 4 DC3, um Curtiss Commander, 3 Beech bimotores, 1 Mitsubish e um Xingu, que só iam para pista maiores, de onde a carga era distribuída para aviões menores ou para cerca de 30 helicópteros que voavam para a infinidade de clareiras onde existiam garimpeiros.

A BR (Petrobras) vendia ao redor de 40 mil litros de AVGAS (gasolina de aviação) por dia, e a SHELL outros 50/55 mil litros também diários. A BR também vendia cerca de 8 mil litros diários de QAV (querozene de aviação para helicópteros, e também para o avião Mitsubishi e o Xingu) entre os quais havia um enorme helicóptero Sikorski biturbina, do Rio de Janeiro, com capacidade para 2 toneladas de carga, e que tinha sido da TV RECORD de São Paulo, no tempo do Paulo Machado, a primeira no Brasil a possuir uma aeronave.

O movimento aviatório era tanto, que alguns poucos militares de férias da Força Aérea, também chegavam à Boa Vista para se engajavam nos vôos de garimpo, que sempre era pago em ouro, o único valor que circulava nessa atividade.

Para os profissionais da aviação, era de dar gosto ver um DC3 pousar lotado e sair com até meia carga, de pistas de pouco mais de 600 metros, como na Pista do Jeremias, hoje chamada Homoxi, ou na Pista do Lauro, hoje chamada Xitei e lá pelos 3.000 pés (990 metros de altitude), numa proeza que só mesmo pilotos com “braço” ou de muito “pé-e-mão” conseguem fazer. Vários já eram famosos nos vôos pela Amazônia, como o Rogério Maconha, que até deu entrevista no programa do Jô Soares.

Se para o Brasil foi terrível Collor trancar as contas bancárias, em Roraima foi quase o fim do mundo, pois até o ouro despencou de preço até quase o fundo do poço. Foi uma tragédia, ver os aviões parados no pátio do aeroporto, com vigilância da Polícia Federal e gente lá dentro da área passando fome e sem saber o que estava acontecendo. Na cidade foi uma quebradeira geral no comércio e arrecadação de tributos para o novo Estado, despencando à quase nada.

Aquele vôo de Collor, junto com PC Farias e uns poucos íntimos, até Surucu, para encontro com o Presidente da Venezuela e os representantes do G7, está íntimamente ligado com todo o plano de apossamento da Amazônia e suas conseqüências, passando pela Raposa / Serra do Sol e pela Cuê-Cuê Marabitanas já em início de demarcação agora em janeiro de 2009, nas nossas fronteiras do Amazonas com a Venezuela.

Para melhor entender o quanto foi um danoso episódio para o Brasil é preciso saber que Carlos Andrés Pérez, na mesma época também demarcou na Venezuela, em frente da área do “povo ianomâmi” no Brasil, e para os mesmos índios, uma área de 8 milhões de hectares, na prática apagando a fronteira que ficou virtual, existente só no mapa, pois que tanto os “ianomâmi” quantos os estrangeiros que “cuidam” deles, vão e vem livremente através da fronteira e fica por isso mesmo.

Os brasileiros, para entrarem na área ianomâmi, tem de possuir um documento chamado AVOAR – Autorização de Vôo em Área Restrita. Para ser conseguido, as empresas de taxi aéreo tem de solicitar com muita antecedência, através de requerimento, que deve ser assinado pela Funai, Ibama e Polícia Federal. Com todas essas assinaturas, esse documento deve ser enviado ao COMAR – Comando Aéreo, em Manaus. Lá, o coronel assinará o tal AVOAR, que será remetido via fax ou internet, para o órgão da Aeronáutica, em Boa Vista.

Esse documento detalha que a autorização só é válida para tal empresa de táxi aéreo, entre os dias tais e tais, com o piloto tal, no avião tal. Se quaisquer dos itens for mudado, ainda que por motivo de força maior, o vôo não poderá ser realizado. Entretanto, estrangeiros estão absolutamente, leves, soltos e livres dessas exigências, e por isso, uma vez ou outra, o Exército descobre casualmente que algum estrangeiro está lá dentro da área ianomâmi, com o visto do seu passaporte vencido até mesmo há um ano!

Afora todo esse controle documental sobre os brasileiros, o vôo também será vigiado por radar. Como se vê, as próprias autoridade brasileiras é que manietam os brasileiros e colaboram abertamente com as ONGs estrangeiras.

Certa vez, durante os tempos em que a Polícia Federal estava dando “uma dura” contra os garimpeiros, numa revista no aeroporto de Boa Vista, feita em um dos aviões da SOCIEDADE ASAS DE SOCORRO que atende a MEVA – Missão Evangélica da Amazônia (grupo americano), NTB (Novas Tribos do Brasil) e o Summer of Linguistic, foi apreendida uma carabina automática de vários tiros. Dois dias depois (nada mais que isso), a arma foi devolvida por ordem direta de Brasília.

Acontece que aos pilotos brasileiros não era e ainda não é permitido levar nenhum tipo de arma a bordo, mesmo que para sobrevivência na selva, em caso de acidente. Já dava prisão antes e continua dando agora, com a nova lei, mas com os “missionários”, não acontece nada. Êles tem o privilégio, por serem “religiosos”.

Uma alemã arrogante, chamada CRHISTINA HAVERKAMP até mesmo hasteou e mantém hasteada a bandeira da Comunidade Européia, dentro da área ianomâmi, na maloca Paa-piu Novo, margem direita do médio rio Mucajaí.

Tendo isso sido descoberta por um major de helicópteros da Força Aérea, a germânica “peitou” o major, ao qual declarou que não tinha de lhe dar satisfações. Ele mandou derrubar o mastro, confiscou a bandeira e relatou o fato aos seus superiores. Ela foi retirada da área pela Polícia Federal, iniciou-se um processo de expulsão do país mas, ela voltou e continua lá até hoje, no sobradão que construiu ao lado do final da pista de pouso.

No decorrer dos meses da ação de retirada dos garimpeiros, determinada por Collor, as coisas foram afrouxando aos poucos. Muitos garimpeiros e alguns pilotos retornaram clandestinamente às mesmas tarefas de antes, e até auxiliados por alguns Delegados Federais, que faziam vistas grossas para as decolagens e pousos com carga e garimpeiros, tanto do aeroporto em Boa Vista, quanto da pista Cariri, na margem da BR 174, entre a capital e a cidade de Mucajaí.

Isso acontecia porque esses Delegados aceitaram convites de pilotos, para conhecerem a região, os garimpos e os garimpeiros in loco e também para ver o quanto de estrangeiros (americanos na maioria) estavam na região, impunemente, aliás, como ainda acontece, havendo hoje, além dos americanos, também os italianos, os franceses, canadenses e alemães, alguns como “missionários” de ONGs, afora os brasileiros que representam essas entidades internacionais, todos labutando muito e intencionados apenas na “salvação” ou “preservação” dos índios, é claro e, apenas por puro “diletantismo”, no ouro, no diamante, na cassiterita, no nióbio, na incomensurável jazida de urânio situada numa serra quase colada na Serra de Surucucu, onde está o 4º PEF – Pelotão de Fronteira, afora todas as águas, das nascentes à foz, as madeiras de lei, a bio-diversidade e a própria e portentosa floresta.

O GRANDE GOLPE, são AS ÁGUAS com que ficaram – repetindo - DAS NASCENTES ATÉ A FOZ DE UMA INFINIDADE DE RIOS, “pertencendo” às ONGs.

No sopé dessa serra de urânio, existia uma pista (hoje só restam vestígios – a floresta invadiu) que os americanos já tinham feito e tiveram de abandonar, porque o Exército os tirou de lá, afora mais outras 2 pistas em cima do platô de Surucucu, que já existiam antes da instalação do 4º PEF, de onde os americanos tiravam minério e onde havia um avião Cessna 180, monomotor deles acidentado, tendo eles deixado abandonados, um trator de esteira e máquinas resumidoras utilizadas em mineiração de diamantes e que ainda estão lá. Só o avião foi retirado posteriormente.

Como é que um trator de esteira foi parar lá no meio da floresta sem estradas? Para quem nunca viu, parece difícil, talvez impossível mas, não é. Fizeram da mesma forma que os pilotos de garimpo fazem e também transportam burros, bois, carneiros etc.

Os jipes, carretas e tratores são todos desmontados. O que é grande demais, é cortado no maçarico, em partes que cabem dentro do avião e depois, lá no local para onde foram transportados, totalmente soldados e remontados! Por isso é que a Polícia Federal encontrou até mesmo uma PATROL (para terraplanagem) nos garimpos de Roraima, na Pista do Lauro, hoje chamada Xitei e utilizada pela Diocese de Roraima que lá tem um grupo de freiras da congregação da Consolata (Itália) e da Conference de GAP (França), de onde saiu a falsa notícia da “chacina”, “massacre”, “genocídio” dos índios, supostamente acontecido ali nas suas vizinhanças.

Na tentativa de forçarem a saída definitiva e total dos poucos garimpeiros que ainda permaneciam ou voltavam clandestinamente para a área ianomâmi, “atrapalhando” as ONGs internacionais que queriam toda a área livre de empecilhos e de “olheiros” que denunciassem as suas atividades, urdiram então um plano monumental, perverso, mentiroso, injurioso, sem escrúpulos. Era preciso algo grande, dantesco o suficiente para criar uma comoção e granjear as simpatias mundiais.

Os garimpeiros são tal como os antigos bandeirantes, grandes abridores de sertão bruto. Fazem “varação” a pé, em grupos de 20/30 homens ou às vezes em apenas 4 ou 5. Caminham pela floresta imensa, por um mês ou mais, até o lugar onde pretendem explorar o ouro. Tem um sentido de orientação tão extraordinário dentro daquela selva, que isso sempre foi motivo de assombro até para os pilotos de avião, pois aqueles homens rudes orientam-se apenas pela fraca claridade que vara a copa das árvores. Seguem sempre guiados pela posição do sol, durante o dia.
De repente, à partir do dia 15 de agosto de 1993, os hotéis de Boa Vista começaram a encherem-se de jornalistas brasileiros e estrangeiros e gente de TV. Muitos estranharam a novidade e perguntava-se o que estaria acontecendo, mas os visitantes não abriam-se para dar informações.

Não demorou e, no dia 17 estourou a bomba: Suami Percílio Santos Filho, Administrador Regional da Funai trombeteava para o mundo todo, que tinha havido um “massacre”, um “genocídio” de índios ianomâmi, promovidos por garimpeiros, através denúncia de uma freira, em Roraima!

O circo estava armado, entretanto uma pergunta continuava sendo feita: como é que tantos jornalistas estrangeiros vieram para Boa Vista por antecipação, sem supostamente, saberem de nada? Uma coisa que teria acontecido escondido, lá nos confins da floresta e que ninguém, nem os garimpeiros na cidade sabiam, só seria oficialmente trombeteada aos 4 ventos alguns dias mais tarde, mas o mundo já estava antecipadamente de olho em Roraima.

Isso tem ou não tem cheiro, cor, jeito de coisa “armada”?
Tem cara de jacaré, olho de jacaré, boca de jacaré, couro de jacaré, rabo de jacaré, e não é jacaré?

Quem quizer relembrar os fatos e saber mais, pode pesquisar no Google, digitando a palavra “IANOBLEFE” e vai encontrar diversas matérias do jornalista JANER CRISTALDO do jornal Folha de São Paulo que, juntamente com o jornal Estado de São Paulo, puseram não só em dúvida a tal “chacina”, “massacre” ou “genocídio”, como esmiuçaram o assunto em detalhes. O restante da imprensa nacional simplesmente embarcou na mentira, de propósito ou por irresponsabilidade, pela não averiguação dos fatos.

No correr dos dias, o número dos “mortos” foi aumentando, e chegou até 120, quando Suami Percílio Santos Filho, o Administrador Regional da Funai de Roraima disse pela TV, para o Brasil e o mundo ouvirem estarrecidos, que os garimpeiros haviam aberto o ventre de índias grávidas e retalhado os fetos, afirmando haver fotos de tudo isso, coisa que, entretanto, jamais apareceu em parte alguma.

Convém saber também que o Ministro da Justiça, Maurício Corrêa e Aristides Junqueira, Procurador-Geral da República, estiveram em Boa Vista, e, muito pressurosos, logo após o desembarque já davam entrevistas afirmando a existência do massacre que não tinham visto e que nunca viram, simplesmente porque nunca existiu nada disso.

O jatinho em que chegaram teve de ser rigorosamente limpo, porque estava todo emporcalhado com o vômito do Ministro que, conforme os comentários da época, tinha mêdo de voar e que por isso, havia bebido muito.

Nessa essa altura da agitação, com todo mundo querendo ver as fotos prometidas pela Funai, da mais de uma centena de cadáveres que o Administrador Regional da Funai, Suami Percílo Santos Filho afirmava existirem, o crime mudou de endereço: não era mais em Haximu, mas, sim, em Haximu-teri, na Venezuela, logo depois da fronteira, onde não se poderia ir para conferir. Mas, e as tais fotos que Suami Percílio afirmou na TV que existiam e que estavam em seus poder?

Ninguém nunca viu. A história mudou mais vezes depois, e acabou ficando na alegação de que os cadáveres tinham sido cremados, nada restando deles e que as cinzas dos ilustres parentes estavam em cabaças, consideradas “sagradas” pelos índios. Não era possível nem mesmo obter-se um pouquinho para exame de DNA, mas teria havido dois sobreviventes do “genocídio”, dois índios chamados João e outro, Japão, sendo um bem jovem e o outro, um adolescente. As famílias de ambos teriam sido massacradas mas controlando a terrível emoção, apenas os dois, sozinhos, haviam transportado meticulosamente, mais de uma centena desses retalhos humanos e sem deixar no local nem mesmo um pedacinho das tripas, um braço, uma mão ou uma ponta de dedo. Fizeram limpeza completa dos restos mortais. Fantástico mesmo, não é?

Teriam feito tudo tudo isso, em apenas uma semana, em caminhos ínvios pela floresta bruta e fechadíssima, subindo descendo serras, indo e vindo infinitamente ao local da “chacina”, “massacre” ou “genocídio”, com espantoso e sempre absoluto controle emocional.

Terminada essa terrível tarefa, teriam os dois juntado muita lenha e feito uma fogueira onde cremariam todos os restos mortais, cujas cinzas foram juntadas e distribuídas para outros indios “parentes”.

O extraordinário, milagroso mesmo, é que além de os dois jovens poderem ser considerados super-índios, por resistência física e emocional, ainda realizaram a espetacular proeza de conseguirem juntar uma montanha de lenha seca em pleno “inverno” amazônico (período das chuvas intensas), a fogueira não apagou e tudo queimou muito bem, só restando mesmo as cinzas, não tendo ficado intacto nem mesmo um ínfimo ossinho que fosse, dessa mais de centena de cadáveres.
Mesmos nos modernos fornos crematório da atualidade, sempre restam ossos, alguns cabelos e até pele, algo entre 100 e 300 gramas. Os primitivos ianomâmi conseguiram fazer um fogueirão debaixo de chuvas intensas do inverno amazônico e não sobrou nada e tudo, absolutamente tudo, virou cinzas.

Pior ainda fez a Justiça Federal, que mesmo sem nenhum cadáver ou o mais mínimo indício do suposto crime, condenou alguns garimpeiros à 20 anos de cadeia. A razão óbvia, depois de uma análise percuciente dos fatos, é que as ONGs e seus senhores “caem de pau” em cima de quem se atreve a perturbar o andamento de seus interesses, tal como agora acontece com o agricultor gaúcho PAULO CÉSAR QUARTIERO, que tem 30 anos em Roraima e, vindo bem de baixo, com trabalho árduo e sério, tornou-se um grande arrozeiro, em terras legalizadas pelo governo federal, lá no início do século 20.

Agora ele, outros 9 arrozeiros e mais de 59 fazendeiros, são chamados de “invasores” da RAPOSA /SERRA DO SOL, terras que a Funai declarou por escrito, há décadas passadas, não terem índios e nem serem de seu interesse demarcatório.

Repete-se com certa constância que Charles De Gaulle, o presidente da França no pós 2ª. Guerra Mundial, veio visitar o Brasil e assinou acordos que nosso país não cumpriu. Decorrente disso, teria dito: “Le Brésil nest pas un pays serieux” – O Brasil não é um país sério.

Temos o direito de também achar que não é mesmo, especialmente com um Presidente como Lula, que nunca sabe de nada, e um STF absolutamente míope, pois oito de seus Ministros não conseguiram ver as clamorosas irregularidades e ilegalidades na demarcação da Raposa / Serra do Sol. Para completar, agora em janeiro/2009, Nicolas Sarkosy, o atual Presidente francês, assinou um acordo com Lula, para que a França possa “pesquisar” na nossa floresta amazônica.
Precisamos dizer mais alguma coisa sobre Lula, as ONGs e os interesses internacionais?

Tem um ditado mais que secular que diz: para quem sabe ler, pingo é letra.



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ESTRATÉGIA ERRADA

Demorei, mas voltei. Há mais ou menos uns dois meses eu fiquei sem escrever no meu blog devido o grande número de atividades que vinha desenvolvendo no meio trabalhista. De agosto pra cá fiquei participando dos bastidores das eleições municipais, principalmente da cidade mais cobiçada de todas as outras da região norte, ou seja, Porto Velho, capital de Rondônia. Muitos querem ou queriam assumir o poder municipal. Sete homens se candidataram para prefeito, sendo que um deles estava disputando a reelição. Para que isso não acontecesse os demais montaram suas estratégias com os seus marketeros de meia tigela que dizem ser, pois de política eles não sabem de nada e muitos de imagem.

Um professor universitário totalmente sem direção... Um jovem de família nobre da capital, onde seu pai já tinha sido prefeito... Um médico sem entonação e dicção... Outro conhecido por ser superintendente do IBAMA -RO que poucas pessoas da capital o conhece... Um deputado federal que se treme todo, até a sua voz fica tremula quando as câmeras captam sua imagem, um médico com uma cara "limpeza", onde busca de todas as formas derrubar e descentralizar acampanha do homem que o Governo Federal estava e está apoiando desde o início da campanha eleitoral.

Todos foram esmagados pela apuração dos votos do dia 05 de outrubro de 2008, pois ouve reeleição, Este foi atacando por seus adversários massissamente nos debates, todos dizem que o mesmo não consegue se controlar e que poderia perder a cabeça e partir para a agressão física, porém não aconteceu. Diante disto era notório que todos os seus adversários eram fracotes. Estrátegia errada onde deu tudo errado?. Para muitos isto já estava escrito. Na última hora alguns adversários partiram para o tudo ou nada, colocaram até uma mulher no meio da história onde ela é a vice-prefeita da capital que estava esquecida. O publicitário ou marketeiro, sei lá... inseriu no último programa de um dos candidatos a dita cuja, mas efeito algum não fez. Muitos diziam que se está mulher fosse descoberta seria o cheque-mate para a queda do candidato a reeleição. Entretanto, este marketeiro foi infeliz no seu posicionamento. Os jornais de oposição quiseram derrubar o homem do governo federal, mas também não teve "boca".

O governo do Estado estava apoiando uma barata tonta que mau sabia falar e o governo federal sabia aonde estava apostando. Fim de papo. muitos diziam nos debates das emissoras filiadas que teria segundo turno. ahhhahahah. E eu como sempre enxergava longe, pois quem iria bater o inbativel homem do governo federal. Esses que citei acima do texto. Agora fica aqui a minha opinião para os jornalistas, publicitários e marketeiros da comunicação, quando bem passada, ou seja, quando bem propagada ela da certo e foi o que aconteceu com o fato da reeleição, pois o homem do governo federal tinha uma boa assessoria e acima de tudo comunicação de peso para que todos possam saber que está falando. Fiquem espertos porque não é de uma hora para outra que vc pode tirar, derrubar ou trapacear. Você pode sim fazer tudo isso, mas com pessoas que não são bem instruidas neste país. Esta é a realidade, só que pode ser derrubado, trapaceado e batido são aqueles que não possuem poder.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Programa Audiovisual de Polícia Local igual a lixo

IMAGENS
No dia (07/04/08) às 09h00 da manhã, Policiais Federais prenderam Mário Calixto e outras pessoas envolvidas com tráfico de influência, lavagem de dinheiro e outros coisitas à mais. Fundador do jornal O ESTADÃO DO NORTE, com sede na capital do Estado de RondÔnia, Mário Calixto é um empresário de renome no Estado, é um dinossauro da comunicação local e referente a isso muitos meios de comunicação (impressos e televisivos) da capital principalmente da editoria de Polícia, publicaram pouquíssimas imagens, tanto estáticas quanto em movimento.Os dois programas audiovisuais de Porto Velho ligados à Polícia fizeram o café com leite. Beleza. Esses repórteres de polícia parece-me que não gostam de trabalhar e sim de fazer palhaçada, pois muitos ficam não Central de Polícia na espera de notícia "emporcalhada", eu não sou nem um super-foca e nem foca e sim um aprendiz humilde, muitos estão aí há pouco tempo e já se acham estrelas, fazendo palhaçada pára o povo de baixa renda e outra, a maioria vão para o meio de comunicação com estratégia para obter um cargo político. E isso vem acontecendo muito em Rondônia. Os jornais da região perderam sua credibilidade para o povo que obtem cultura, muitos amigos desconsideram os jornais como bloqueadores de informação correta. Pois bem, uma operação nesse meios mentirosos seria um grande marco para a histórica e quem sabe isso um dia possa acontecer.
REGISTRO
A operação terminou e Mário foi e recambiado para Brasília. Na sua volta os programas policiais tais como: "Plantão de Polícia" e "Comando Policial", nem si quer publicaram algo, mas, nos dias de semana eles exibem diversos "ladrões de galinha, de marmitex e de manteiga", mas, os elementos do alto escalão da robalheira eles fingem nem ver. Entretanto, quando o "Barão Mário" chegou no aeroporto internacional Governador Jorge Teixeira, no dia 16 de maio de 2008, por acaso eu estava no aeroporto com minha máquina filmadora e registrei tudo.
Ele desceu do avião e veio em minha direção acompanhado de três policiais federais, quando Máiro avistou os "olhos do povo" (Câmera filmadora), tentou ignora-la, mas não teve jeito.
Portanto, quando se fala em jornalismo policial, você deve estar antenado em todo tipo de crime, mas em Porto Velho ainda é tudo bálélá. Eu confesso que fiquei um pouco nervoso quando estava cara à cara com Mario Calixto, pois, era a minha primeira vez que eu estava de frente de um sujeito muito perigoso.
Vejo bastante maluco ser preso, mas ver um maluco como Mário é raro, porque agora o STF aprovou na última quarta-feira (13) por unanimidade a súmula vinculante que ira regular o uso de algemas no país. A regra terá que ser respeitada tanto por juizes quanto pelas polícias. Segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes, a súmula vinculante vale para qualquer ação que envolva o uso de algemas. A exceção fica somente para casos específicos, em que um suspeito represente risco à sociedade. Vale ressaltar que Mário na época, por meio de seu advogado solicitou à Justiça Federal que a imprensa não registrasse imagens de sua chega, mas não teve jeito.
Agora tudo virou história, sei que com essa nova lei o povo brasileiro vai demorar para ver imagens dos "Barões Ladrões". Até a próxima bacana!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Cassol e as suas mil e uma faces

Instalada em uma lojinha de subsolo na zona rural do município de Espigão D’Oeste, em Rondônia, onde negocia a compra e venda de diamantes, Edvaneide Vieira de Oliveira, de 35 anos, foi convocada pela Polícia Federal, há pouco mais de um mês, para depor. Para tal, fez uma viagem a um município próximo, Pimenta Bueno, onde está instalada a base central da Operação Roosevelt, da Polícia Federal, responsável pela repressão ao garimpo e ao comércio ilegal de diamantes na reserva indígena cinta-larga. Aos federais, Edvaneide revelou como e por que foi procurada, em dezembro de 2007, por duas jornalistas interessadas em ligar um procurador da República local, Reginaldo Trindade, a algum tipo de lobby de extração ilegal de diamantes na região. A comerciante contou uma história e tanto.

No depoimento à PF, Edvaneide disse ter sido procurada pelas repórteres Ivonete Gomes e Marley Trifílio, ambas do Rondoniagora, noticiário francamente favorável ao governador Ivo Cassol (sem partido), em dezembro de 2007, para uma “videorreportagem”. Segundo a comerciante, as duas, no entanto, se apresentaram como repórteres do jornal O Estado de S. Paulo e pediram a ela para falar sobre um seqüestro sofrido pelo procurador Reginaldo Trindade no fim de 2007, pelos índios cinta-larga, juntamente com um representante das Nações Unidas, o espanhol David Martín Castro. Os dois foram acusados de ter inventado o seqüestro, conforme a prestimosa denúncia da revista Veja em abril, replicada insistentemente pelo Rondoniagora. O seqüestro foi suspenso depois de uma negociação com o então presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) Mércio Gomes. A campanha difamatória contra os seqüestrados em Rondônia só parou em maio, depois que o Ministério Público Federal (MPF) divulgou uma nota de repúdio ao noticiário.

No depoimento tomado pelo delegado federal Rodrigo Carvalho, Edvaneide de Oliveira afirmou que Ivonete Gomes (“meio gordinha, cabelo com reflexos loiros, comprido”), e Marley (“gordinha, cabelo com reflexos, mais curto”) queriam que ela “inventasse uma história para comprometer algum político, empresário ou autoridade conhecida” e, também, acusasse o procurador Trindade de estar “fazendo lobby para alguma pessoa forte”. Segundo a comerciante, Ivonete revelou ter ido lá “só para isso”. Mais adiante, relatou Edvaneide, a repórter teria apresentado uma lista de nomes para ligar o suposto lobby de Trindade a “alguém muito forte”, mas ela não concordou em referendar nenhum dos nomes. A comerciante acusa as jornalistas, ainda, de terem oferecido dinheiro em troca de um depoimento contra o procurador. “Elas me filmaram sem o meu conhecimento”, denunciou. “O cinegrafista estava com a câmera no colo e (elas) disseram que estava desligada.”

Reginaldo Trindade também foi acusado, com base em um vídeo feito em uma reunião com índios suruís, em 2005, de apoiar a extração ilegal de madeira. Ele nega as acusações (de fato, no vídeo não há sustentação para a acusação) e vê o dedo de Ivo Cassol na montagem de um dossiê contra ele levado a cabo por oficiais da Polícia Militar com a ajuda de um funcionário da Funai, José Nazareno de Moraes, processado pelo MPF por envolvimento na extração ilegal de diamante e madeira da reserva cinta-larga. O documento, uma vez terminado, foi enviado anonimamente para quase 90 órgãos públicos do País, da Câmara de Vereadores de Espigão D’Oeste ao Congresso Nacional, em Brasília. Mais tarde, a Polícia Federal apontou como autora da peça a mesma jornalista Ivonete Gomes, do Rondoniagora. Procurada pela reportagem de CartaCapital, a repórter não foi encontrada nem respondeu a um e-mail com solicitação de entrevista.

O foco no procurador Trindade, personagem central da tal “videorreportagem” produzida pelo grupo de jornalistas do Rondoniagora, é parte de um enredo político montado, segundo a Polícia Federal, para desviar a atenção dos muitos problemas pelos quais passa o governador do estado, Ivo Narciso Cassol, eleito pelo PPS, mas sem partido desde que foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF), por compra de votos, em agosto de 2007, juntamente com o senador Expedito Júnior (PR-RO). A ação do Ministério Público teve a participação ativa de Reginaldo Trindade, inclusive no desdobramento do caso, que resultou em outro processo, por coação e intimidação de testemunhas por parte da dupla Cassol-Expedito. O senador chegou a ser cassado, em abril de 2007, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia, mas se mantém no cargo, graças a uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral.

Contra Cassol também corre um inquérito, de número 450, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2004, de autoria do Ministério Público Federal de Rondônia, no qual ele é acusado de se associar a contrabandistas de diamantes para explorar ilegalmente jazidas localizadas na reserva cinta-larga por meio da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), com apoio técnico da Universidade de Viçosa (MG). A PF chegou a essas informações depois de deflagrada, em 2003, a Operação Lince, voltada para a repressão a roubo de cargas e contrabando no Norte e em São Paulo. A investigação ganhou força a partir de abril de 2004, quando 29 garimpeiros foram mortos por índios cinta-larga na reserva Roosevelt, também por conta de conflitos provocados pela extração de diamantes.

De acordo com o inquérito, ainda em tramitação no STJ, o envolvimento de Ivo Cassol com a quadrilha de contrabandistas foi revelado por Marcos Glikas, preso durante a operação policial e apontado como chefe da quadrilha da qual participavam dois policiais federais de Ribeirão Preto (SP), o delegado José Bocamino e o agente Marcos Aurélio Soares Bonfim. Segundo disse Glikas, em depoimento à PF, o governador Cassol foi informado das atividades da quadrilha durante reuniões realizadas em Porto Velho, em março de 2003, na presença da chefe de gabinete, Leandra Fátima Vivian, também presidente da CMR. Como prova desse fato, Marcos Glikas apresentou algumas fotos nas quais aparece em uma reunião com o governador de Rondônia, quando, segundo ele, se tratou da exploração de diamantes na reserva Roosevelt, dos cinta-larga, sem a prévia autorização da União, como manda a lei.

A briga de Ivo Cassol com o procurador Reginaldo Trindade é antiga. Remonta ao período em que o atual governador foi prefeito do município de Rolim de Moura, entre 1996 e 2002. Na época, Trindade era promotor de Justiça na cidade e conduziu uma investigação a respeito de um esquema de fraudes nas licitações feitas pela prefeitura. Então representante do Ministério Público Estadual, o atual procurador da República ingressou com oito ações civis de improbidade administrativas contra Cassol e outros auxiliares dele no município. “Desde então, todo revés que ele sofre credita a mim”, diz Trindade. “Ele me elegeu como perseguidor para posar de vítima e desviar a atenção dos processos que correm contra ele.”

Em uma audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do estado, Cassol chegou a chamar o procurador de “psicopata com índole vingativa”. Também tentou representar contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público e levantou uma exceção de suspeição, no TRE, para anular o processo de cassação sob a alegação de que Trindade não tinha isenção para investigá-lo. Fracassou nos dois intentos. E ainda colocou na conta de Trindade a prisão do filho, Ivo Junior Cassol, e do sobrinho, Alessandro Cassol Zabott, suspeitos de tráfico de influência dentro do governo estadual. Os dois foram presos durante a Operação Titanic, da PF, no Espírito Santo. “Eu nem sequer participei dessa investigação”, conta Trindade. Procurado por CartaCapital, o governador Ivo Cassol informou, via assessoria, que não daria entrevista.

A situação do governador tornou-se mais grave, no entanto, a partir da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Sousa, ao Supremo Tribunal Federal, em 3 de agosto de 2007, sobre o esquema de corrupção eleitoral em Rondônia, que agiu em setembro de 2006, às vésperas das eleições. De acordo com o procurador-geral, com base no inquérito aberto pela PF, Ivo Cassol, por meio do comitê financeiro de campanha do PPS, doou 200,5 mil reais para a campanha de Expedito Júnior ao Senado. No mesmo período, Elisângela de Oliveira Moura, funcionária da empresa de segurança Rocha Segurança e Vigilância Ltda., de Porto Velho, munida de uma relação com os nomes de todos os vigilantes contratados pela empresa, propôs a eles votarem na dupla Cassol/Expedito mediante pagamento de 100 reais por cabeça.

De acordo com o relatório da PF, os vigilantes que concordaram em receber a propina eleitoral tiveram os nomes encaminhados para José Robério Alves Gomes, tesoureiro de campanha de Expedito Júnior, responsável pela administração do dinheiro doado por Cassol ao candidato ao Senado. Gomes, então, arregimentou dois auxiliares, os irmãos Sidney e Sidcley de Matos Lima, para percorrerem diversas agências bancárias para depositar os 100 reais na conta dos vigilantes. Sidney, cunhado de Gomes, e Sidcley foram flagrados pelas câmeras de segurança do Banco do Brasil e do Bradesco, na capital rondoniense.

Segundo o procurador-geral, a atuação de Expedito Júnior e Ivo Cassol, além de outra candidata, a advogada Valdelise Martins dos Santos, conhecida por “Val Ferreira”, ficou ainda mais evidente por conta de “manobras realizadas, a fim de obstruir a investigação”. Entre elas, uma farsa montada em torno de Carlos dos Reis Batista, o “Cabo Reis”, cuja candidatura a deputado estadual foi usada para tentar descaracterizar o delito eleitoral. Isso porque, no intuito de legitimar os pagamentos feitos a centenas de eleitores, o atual senador Expedito Júnior, auxiliado pelo empresário Libório Hiroshi Takeda, arrecadou recursos com empresas da região, essas orientadas a efetuar doações para a campanha de Reis. Essas contribuições seriam contabilizadas para substituir a propina, sob a rubrica de “contratação de colaboradores” do candidato-laranja.

Na outra ponta, segundo a denúncia do procurador-geral ao STF, o governador Ivo Cassol iniciou uma campanha de intimidação para impedir a investigação da corrupção eleitoral e aterrorizar as cinco principais testemunhas, os vigilantes Diemison Cruz, Edmilton Pimentel, Jayrisson Oliveira, Ednaldo Mota e Joelson Picanço, todas da Rocha Segurança e Vigilância. Para tal, Cassol determinou à Polícia Civil do estado a instauração de inquérito policial para investigar os delatores do esquema criminoso. Por essa razão, a Polícia Federal instaurou outro inquérito, desta vez, para apurar a coação das testemunhas.

A base dessa nova investigação foi um inquérito estadual instaurado, em 18 de janeiro de 2007, pela Polícia Civil de Rondônia, a partir de uma representação criminal formulada por outro vigilante, Alan Georgio Araújo Bahia, contra uma das testemunhas, Diemison Cruz. Os federais descobriram que a tal representação foi forjada pelo então subsecretário de Segurança Pública do estado, Renato Eduardo de Souza, e pelo delegado Hélio Teixeira Lopes Filho, a mando de Ivo Cassol. Formalmente, o governador determinou a instauração do inquérito, embora soubesse da incompetência da Polícia Civil no caso, “para se defender e investigar os fatos por si só”. Bahia acabou preso pela PF por falso testemunho.

Cassol, no entanto, não desistiu. Destacou os policiais civis Gliwelkison de Castro e Nilton Cavalcante, a pretexto de entregar intimações, para intimidar os vigilantes com ameaças veladas. Segundo depoimento do grupo, os agentes os aconselhavam a “maneirar” ou mudar os depoimentos sobre as propinas de 100 reais pagas pelos comparsas de Ivo Cassol e Expedito Júnior. Em outra frente, iniciou-se uma rotina de rondas ostensivas próximas às residências das testemunhas e, mais adiante, promessas de cargos públicos no governo, dentre eles, de servidor no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Sem sucesso na empreitada, os policiais decidiram partir para a truculência pura e simples: deram três tiros na casa da mãe do vigilante Ednaldo Mota, a partir de um Fiat Uno vermelho, posteriormente identificado pela PF como veículo à disposição da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho.

Por meio de escutas telefônicas feitas pela PF, constatou-se que os delegados da Polícia Civil Hélio Lopes Filho e Renato Eduardo de Souza, ambos denunciados pelo procurador-geral Antonio Fernando de Souza, também atuaram para forjar depoimentos de testemunhas favoráveis a Ivo Cassol e Expedito Júnior. Uma delas, Agenor Martins de Carvalho, o “Japa”, era motorista do deputado estadual Euclides Maciel (PSL), então líder do governo na Assembléia Legislativa. Japa também participou das intimidações contra os vigilantes e acabou preso.

Há duas semanas, o STF decidiu investigar Ivo Cassol e o senador Expedito Júnior, além de outras 11 pessoas, por conta da denúncia de compra de votos. No julgamento, o Supremo acatou um recurso da Procuradoria-Geral da República para desmembrar parcialmente os processos, desta maneira alguns acusados serão investigados no STF e outros na Justiça Eleitoral, em Rondônia. Por recomendação do relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello, os denunciados deverão ser investigados conforme o foro por prerrogativa de função. O senador será investigado pelo STF, o governador pelo STJ, alguns denunciados pelo TRE e os demais pela primeira instância da Justiça Eleitoral.
FONTE: Carta Capital

terça-feira, 29 de abril de 2008

Capital de Rondônia não respeita nem os mortos


Depois de 12 anos a familia Fonseca Pinto se reunio na casa de um tio meu por parte de pai. Um dia antes eu minha esposa (Luciana) tinhamos nos divertido e fomos durmi muito tarde, no dia seguinte o meu pai, Luiz Pinto (vulgo Chacrinha) ligou de manhã cedo para mim e perguntou onde eu estava, eu como um bom filho disse a verdade. Depois ele me informou que minha tia queria falar comigo à respeito de um assunto "cabuloso". Na realidade eu não estava muito afim de ir, mas, com relação ao grande encontro familiar e sobre o tal assunto que minha tia tanto queria falar eu logo me interessei.
12h eu minha mulher já estavamos de partida para a casa de meu tio.
Chegando na residência do tio Zequinha, tanto eu quanto minha esposa, fomos bem recebidos. Minha mãe foi junto comigo, pois, sou filho de pais separados e por muito tempo minha mãe e o meu pai não se reunião para um confraternização.
Meus irmãos, minha cunhada, minha sobrinha a mais nova da família. Fogo, carne, pão para celebrar a união, e muita cerveja, porém, sempre éramos policiados por minha mãe e os dois irmãos mais novos que são evangélicos.
Entretanto, todos estavam muito felizes.
Gargalhadas e palhaçadas eram o nosso assunto, mas, quando minha tia me chamou para nós conversarmos a coisa começou a mudar, ela foi direto ao assunto e disse: "sabe, eu sei que você pode e não pode fazer nada, mas, eu tenho uma denúncia a fazer eu falei: - "diga! eu sou todo ouvido".
Na seqüência ela ficou abatida e pálida. E informou que no dia do aniversário de falecimento de minha vó (Maria Helena) ela encontrou a sepultura violada e ossos espalhados por toda parte.
Aquilo para mim foi "foda" e pensei "e agora o que faço?", pois ela sabia onde eu trabalhava. Minha tia, Sueli Silva, fez a denúncia e perguntou para mim seu podia fazer alguma coisa.
Eu em seguida deixei bem claro para ela, "vou levar o assunto ao cargo superior e lá eles vão apurar".
Terminei a conversa e sai perplexo, pois a pauta estava na minha mão. Cara é foda eu sempre digo para o meus irmãos tomarem cuidad É foda, são ossos do ofício, mas eu tratei o assunto como um profissional e não revelei o assunto para o jornal, fui frio e profissional. o por aí, pois, qualquer um está sujeito a ser uma pauta.O editor-chefe do jornal recebeu a denúncia e disse: "apura Maique, cai lá. Vê o que está acontecendo".
Fui até lá e verifiquei o fato e foi comprovado. Não era somente o da minha vó, varios túmulos foram violados e conforme algumas fontes jovens universitários estavam negociando ossadas no cemitério. Vc pode ter mais detalhes sobre a matéria no jornal rondoniaovivo.com. Veja o vídeo e envie o seu comentário.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Rondônia e os colaboradores do aquecimento global na mira da PF




Salve, salve, caros leitores, demorei mas estou de volta para relatar e contar mais uma história dos bastidores da "vida de repórter é coisa de maluco". Pois é, no início da "OPERAÇÃO ARCO DE FOGO" da Polícia Federal no Estado de Rondônia que tem como objetivo coibir o desmatamento na região, o jornalista Paulo Andreoli do jornal rondoniaovivo.com estava esperando o momento certo para uma expedição no primeiro município que a PF iria visitar, cidade esta chamada de Machadinho do Oeste.

Nosso primeiro passo para essa reportagem foi cobrir a coletiva que o superintendente da PF e o superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) no dia 03/03/08 concederam aos jornalistas do Estado.

Beleza... fomos para a redação e no caminho Andreoli disse: "ôh tio se prepara que nós vamos viajar". Eu estava super afim de participar de uma reportagem tipo expedição, pois repórter, não minha opinão deve ter varias experiências ligadas a lugares inóspitos e culturas exôticas.


Entretanto no dia 04/03/08 nós já estavamos na estrada, saímos da capital as 06h00 da manhã e fizemos o percurso de 350km até Machadinho do Oeste, sendo que 200km foram de asfalto e 150km de buraco, lama e muita chuva para podermos chegar em Machadinho. No caminho íamos conversando, escutando música e cantarolando, tentando despistar o tempo que demorava passar. A estrada é sinistra, estavamos vulneravéis em um ambiente hóstil. Quando derrepente o pneu dianteiro do lado direito furou, paramos em meio ao barro. Paulo foi direto para o porta malas tirar o estepê e o macaco, eu fui atrás de uma madeira para poder dar suporte ao macaco (Ferramenta esta que serve para levantar o carro), não achei. Andreoli tenso e nervoso dizia: "bora maique não podemos vacilar, demorar. Vamos tentar desse jeito mesmo". Rapidamente voltei para ajuda-lo, Paulo levantou o carro um pouco e eu conseguir pôr o estepê no lugar em frações de segundo, pois, naquele momento faziamos parte de uma equipe de fórmula 1º.

Logo em seguida partimos para o pequeno município e de quebra encontramos o chamado "BRAVO" um caminhão da PF com todo o suporte tecnológico de CIA A FBI. Os magnatas da madeira começavam a trancar o cú, pois, certas autoridade diziam que em RondÔnia os homens de preto não entravam e que o Governo Federal não tinha moral para pisar no Estado, taí o resultado.


Chegamos em Machadinho do Oeste e logo de cara nos deparamos com a MADEMA, madeireira do nosso presidente da ALE do Estado, Neodi Carlos Oliveira, a maior de todas, e o nosso alvo era o "gatão" (Neodi) destruidor do meio ambiente e colaborador do aquecimento

global. Leitores, é impressionante o poder que Neodi tem nesse município, é ele na terra e Deus no ceú. Ficamos em um hotel na entrada da cidade e o dono que se chamava de "capitão" perguntou de que veículo eramos e Paulo respondeu: "somos de um jornal eletronico da capital". O mesmo já veio defendendo Neodi dizendo de A a Z o quando ele era bom para aquela gente matuta.

Os homens de preto chegaram apavorando tudo e todos. Uma mega-operação que vai durar 90 dias. Fotografamos e filmamos a PF entrando no pátio da MADEMA e Neodi conversando com os homens de preto. A madeireira dele foi a primeira a ser investigada. A econômia da cidade é a extração de madeira.

Depois de um dia de trabalho árduo e tenso, voltamos para o hotel, já era noite estava exausto, mas, tinhamos um dever a cumprir, começei a produzir o vídeo e em uma certa hora da noite a energia foi cortada... Andreoli estava dormindo eu quando percebi imediatamente fechei o notboock e coloquei na bolsa todos os equipamentos e chamei o Paulo e fomos direto para fora, pois se algo acontecesse nós poderiamos fugir, estavamos a 350km de nossa casa e precisavamos chegar vivos. Nesse momento eu pensei que fossemos ser alvo de algum atentado, mas, graças a Deus não aconteceu nada, mas, foi muito estranho o fato... Enfim, voltamos e passamos por várias madeireiras, são montanhas e montanhas de TORAS espalhadas em todas as partes dos pequenos vilarejos que ficam por perto de Machadinho. Se vc leitor é um militante do Meio Ambiente, denúncie, denúncie. Faça um comentário ligado aos Político Analfabetos e colaboradores do aquecimento global. Confira vídeo clicando no link abaixo e fotos da reportagem.